Hai-kai, Mario Quintana

"Rosa suntuosa e simples,
como podes estar tão vestida
e ao mesmo tempo inteiramente nua?"

quinta-feira, 14 de março de 2013

Eu tenho uma coisa estranha, que sobre,que aperta, que sufoca do nada. Eu tenho uma coisa estranha que arrasto qual baú pesado vida afora. Coisa estrangeira dentro do meu peito e que, no entanto, é tão eu quanto todo o resto de mim. Amar o que há de forte, o que há de potência é aceitar meu quarto escuro, meu peso no peito e a melancolia que invade de supetão.
Para fazer poesia é preciso um pouco de tristeza e angústia temperando a vida. Ame-a também, ame-a e juro que a transmutarei em ofertas de beleza de quando em quando.

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