Hai-kai, Mario Quintana

"Rosa suntuosa e simples,
como podes estar tão vestida
e ao mesmo tempo inteiramente nua?"

sexta-feira, 15 de março de 2013

Circo de horrores

Balança em rangido sobre meu corpo em sobreaviso
Uma bigorna imensa, negra e magnetizada.
Sou o imã dessa desgraça, sou seu ponto de repouso.

Balança, negra de horror,
Gelada impiedade. Sou o imã de sua desgraça,
Sou sua força motriz.

Corda bamba, mi vida, sob a bigorna,
Sobre a multidão, sobressalto o grito
Sobre o aviso. Bigorna negra, corda bamba,

O público ruge. Urge que eu caia
Ou roga que me acalme?
A música aguda me lembra do cordame

Que me ameaça com a bigorna.
"Posso romper Posso romper
Segue a baila, segue o smile."
Smile, baby. Gatinha, gatinha,
Sete vidas cai de pé

Eu vi no Looney Tunes,
A bigorna é o que é.
Eu vi no Looney Tunes

Você era uma panqueca e corria outra vez.
Gatinha, gatinha, o peso da bigorna está no peito,
Não no cordame, não no público.

Salta!

Se não tiver rede embaixo,
Eu vi no Looney Tunes!,
Você vira panqueca e corre outra vez!

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