Hai-kai, Mario Quintana

"Rosa suntuosa e simples,
como podes estar tão vestida
e ao mesmo tempo inteiramente nua?"

domingo, 11 de maio de 2008

Mais uma vez te amo

"Meu coração ficou apertado agora.
O dia inteiro te espreitei e tive vontade de chorar.

Tive vontade de chorar quando ela se recostou em teu colo.
Tive vontade de chorar quando tu a abraçaste.

Tive vontade de chorar quanto tentei falar contigo, e tu?
Tu sorriste para mim como se nada tivesse mudado
[e tornaste a olhar para ela.

Oh, escuridão bem amada, por que ignoras minha presença?
Sinto-me como Eco apaixonada por Narciso.

Mas tu não és belo como Narciso.
Tu me lembras Cirano de Bergerac.

Em todos os aspectos.
Inclusive em que tua maior beleza se encontra nas palavras.

Querido, sofro tanto, sofro tanto e tu ignoras.
Tu ignoras todos os meus sentimentos.

Por que as coisas estão postas assim?
Por que fui tão tola e não percebi que teu sorriso era voltado para mim?
[Não para ela, não para ela.

Percebo agora e temo ser tarde demais.
Pois teus sorrisos para mim ficam cada vez mais escassos.
[E te voltas para ela. E te voltas para ela."


"Mais uma vez te amo", eu espero que seja o último poema de amor da minha fase atual, espero que eu pareça estar tão forte quanto pareço para deixar o Rei morrer e algo de novo nascer nas cinzas.

Dia frio, apareceu um sol de mentira no fim da tarde. Vagabundei o dia inteiro.

Quem inventou o dia das mães? Ah é, o capitalismo.
Tratei minha mãe como sempre, a diferença é que fiz o café da manhã para ela.

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