Hai-kai, Mario Quintana

"Rosa suntuosa e simples,
como podes estar tão vestida
e ao mesmo tempo inteiramente nua?"

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Rosa Vermelha

Eu não sei não viver-amar. Não sei não estar em paixão.
Amo a lua, amo as árvores,
Amo o sangue que corre nas minhas veias e nas suas.

E amor me é prazer, amor é querer liberdade
Querer plenitude, querer cachoeira e eclipse.

É, portanto, por amar que sofro quando
Nosso sangue tinge de vermelho as ruas.
É por tanto amar que abraço vermelho, a cor.

É, portanto, por tanto amar em nós, em vermelho,
Que amo-sonho-luto em Nós, Vermelho.

E sorrio ao ouvir brados
E choro lágrimas nossas
E digo: comunismo.

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