Voltas para mim
em forma de sonho perverso,
perturbando minha noite com lembranças
de murmúrios do vento e tinta branca.
Sou comprimida por uma tecido quase roxo,
sujo de manchas. Estás ao meu lado
e podes me salvar do sufocamento,
mas percebo que é a utopia das tuas
mãos que me assassina.
Tão cruéis quanto o pano e as mãos,
teus olhos me perguntam
“sentes falta das aulas de dança?”
Sinto. Dançar sozinha não é mais
a mesma coisa desde tuas mãos e
tua máscara. Ainda quero arrancá-la.
Mas não te responderei, pois sei
que sorrirás em escárnio e abandonarás
o leito móvel sobre o qual estamos.
Prefiro ter tua crueldade a
não ter nem mesmo este sadismo.
Masturbação na Era Vitoriana
Há 11 anos
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