Me dói pensar em minhas falhas e meus vazios. Me dói lembrar de minha finitude.
Minhas ausências são como salas abandonadas de uma mansão em pedaços.
Passo minhas mãos por seus papéis de parede descascados e aspiro seu cheiro de mofo. Então, vem de dentro uma melancolia aguda, uma saudade do que não tive e do que não aconteceu.
Corro a medo, maldizendo suas correntes de ar e ressaltando o pó que cobre tudo.
Evito os cômodos por semanas, preferindo o calor dos jardins, mas de um jeito ou outro, volto a cruzar os corredores destelhados e buscar algo que esqueci naquelas salas.
“Não, não é possível. Não havia tanto pó assim...”
Ah, as ausências...
Masturbação na Era Vitoriana
Há 11 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário