O que eu queria mesmo
Era puxar de dentro do peito
Esses amores que, de secos, morrerão
E fazer deles origami.
Dobrá-los em borboletas, tsurus
Apertá-los em um sopro de flauta
Ou um doce macio.
O que eu queria mesmo era ser feliz para sempre.
Queria mesmo romper as diversas cascas que há dentro de mim.
Eu queria mesmo amar para sempre.
E fico com uns amores cactus, que não precisam de muita água,
Cheios de espinhos que doem tudo por dentro.
Eu queria mesmo um amor-rosa
Tudo bem que tenha espinhos,
Mas que haja perfume, mas que haja beleza,
Mas que haja chuva.
Masturbação na Era Vitoriana
Há 11 anos
2 comentários:
Lindo Maria. Escreve muito bem.
Lindo Maria. Escreve muito bem. Patricia Fontoura
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