Você quer se jogar da janela e cair em um lago fundo,
Na toca do coelho branco, na delícia do que não há.
Mas o chão é de concreto e, para além do seu sangue,
Há outras coisas que o tornam grosseiro e imundo.
Afaste sua alma da janela e dos lagos, dos países das maravilhas.
Afaste sua carne do beijo no asfalto.
Pise descalço na grama. Sambe um pouco.
Jogue a cabeça para trás, ria.
O mundo continua sem nós, apesar de nós.
Você não vai querer perder o que há guardado,
Esperando que as portas (que sempre estiveram apenas encostadas)
Sejam abertas de par em par e,
Sem mergulho final, você seja finalmente livre.
Masturbação na Era Vitoriana
Há 11 anos
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