Dia azul e branco de saudades mis.
Encerrei minha existência ao meu quarto
Para dar descanso ao corpo e ao peito.
Saudades grandes de gente que ocupou longas extensões de terra e memória em mim.
Saudades de antigos posseiros de lotes menores
E pomares coloridos.
Ando, dentro de mim, pelos pomares abandonados
De onde apenas eu retiro a erva daninha.
Debruço-me em cercas e olho os latifúndios improdutivos
Cujos donos já partiram (há muito ou há pouco).
E suspiro dentro de meu universo sem vento
Sem nuvens e sem chuva.
Dentro de meu universo carente
De uma reforma agrária.
Masturbação na Era Vitoriana
Há 11 anos
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