"Afastados o sol quente e minhas angústias,
Relembro o peso morno de tuas mãos sobre as minhas.
Como posso eu virar-te as costas se, sem teres água,
Te dispuseras a me regar quando por água clamei?
Não sou árvore, imóvel.
Sou mulher, sou Ulisses,
E seguirei minha vida sem ignorar tuas dores, teu canto de Lorelai.
Não te aguardo. Não murcharei.
Sigo meus passos continente Eu adentro
Sem fechar a trilha aberta.
Segue teu caminho, amigo.
E vejas em mim um porto, uma trilha.
Segue mar afora, vento.
Sob meus galhos acolher-te-ei."
Se esse poema se choca com o de ontem não é acaso. Os sentimentos em mim se contradizem e são todos verdade, todos igualmente meus. Não desdigo a lamúria byroniana de ontem, apenas, hoje, prefiro me mover à moda de Lispector (qualquer semelhança não é mera coincidência).
Masturbação na Era Vitoriana
Há 11 anos
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