Tenho os braços frouxos, pendentes.
Esta flacidez deve-se à tua ausência.
Não paro de sonhar. Não contigo.
Me afogo em um lago gelado
e te vejo. Não te culpo.
Tinhas alertado-me a respeito da finura do gelo.
Do nosso gelo.
Não era de verão nosso affaire,
Era de gelo.
De gelo e minha primavera quebrou tudo.
Eu sou a primavera tropical.
Creio que comecei a derreter-te
e tu és o inverno nórdico. (Não havia como aguentares)
Te sinto agora atrás de uma grossa
parede de gelo em estado de latência.
Não ouso tocá-la.
Não ouso nada.
Senti o frio e agora tenho medo.
Não que eu queira que sejas o verão
(O inverno tropical me bastava)
Masturbação na Era Vitoriana
Há 11 anos
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