"Sou filha da terra. Louca.
Louca de paixão pelo mar.
Nadar não sei,
minhas raízes nunca permitiriam.
Seguia fincada no chão,
com medo do que aconteceria
caso me arrancasse de minha cela.
Imersa em água,
meus galhos e folhas apodrecem.
Estou mutando.
Morrendo como me conhecia.
Recebo com a paciência que desenvolvemos
minha nova condição.
Saímos, livres,
do invólucro com o qual nos acostumamos.
A liberdade e o sal agridem nossos olhos.
Quem diria que os cadáveres de nossos irmãos
nos ajudariam a boiar?"
Masturbação na Era Vitoriana
Há 11 anos
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