Quando cai a noite e os prédio tudo se alumia,
O Centro não deixa de ser o Centro
E eu não deixo de ser Maria.
.
Vermelho, o vestido.
Amarela, a luz.
Vermelho, o cachecol.
Negro, o concreto.
Vermelhos, os lábios que ocultam dentes
e os que são desejo.
.
Passa o povo pelo Centro
E os tapumes colocados
São pra proteger a propriedade
Dos pobres irados.
.
O Centro fede de dia e de noite
E suas poças agridem meu nariz
Agridem também os sapatos distraídos
De quem quer que passe
Quer que passe
Que passe
Masturbação na Era Vitoriana
Há 11 anos
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