Eu não sei exatamente o que foi embora,
Mas resta em meu peito um canto vazio.
Ando pelo mato orvalhado, ainda está escuro
E, com as mãos nuas, colho estrelas
Para que o sol não as queime.
Guardo-as no peito esburacado,
Já que há uma mágica que faz com que
Seja ele sem fundo. No meu peito cabem
Todas as estrelas do mundo,
Caberia (cabe? caberá?) todo o amor também
Mas aqui falo de estrelas e orvalho.
Ainda está escuro no mato
E eu sei que isso é um sonho,
Colho estrelas e algo me diz que elas são feitas de gás
Então sou mulher luz-balão.
As luzes me elevam e ainda há lama em meus pés.
Estrelas são feitas de gás
Hilariante?
Porque tenho vontade de rir.
Ou seria o vento noturno que faz dançar meu cabelo
E os vagalumes?
Masturbação na Era Vitoriana
Há 11 anos
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