De repente, o mar fez-se retumbante
E de um tudo trespassou a corrente doce
Que era a fada de asas de albatroz.
E ela, que há pouco virara peixe
E cria ter deixado para trás o marinheiro,
Deu-se conta de que habitavam o mesmo mar.
E seu coração fez-se sombra.
Ainda o amava.
Debateu-se no tsunami para achar a frágil embarcação.
Usou todos os seus poderes para não ser ilha novamente
Pois imóvel em terra fértil jamais tocaria a canoa
Achou-o. Lutava contra ondas e ventos,
Salvaguardando-se de emborcar.
Ainda o amava.
Queria ser uma fada mais importante,
Daquelas que, com um sinsalabim, desfazem a tempestade
E protegem o ser querido.
Mas não o era. E a tempestade também era sua.
Contentou-se em ficar e lutar ao seu lado,
Protegendo como podia a canoa.
O que quer que isso quisesse dizer.
Masturbação na Era Vitoriana
Há 11 anos
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