Como um cão trancado em casa,
Na solidão de um apartamento escuro,
Uiva meu peito ante a vibração de meus ouvidos,
Estimulados por tua voz.
Deste cão acabou-se a água e a comida
E já roeu de ansiedade os pés de todos os móveis.
Falta aguda de seus afagos,
Aumentada por ruídos estranhos.
Uiva meu cão e seu choro ecoa
Sob os pensamentos meus.
Já roí todos os móveis, me restam as unhas.
Não é mais como se te quisesse
(embora ainda te queira sim),
Mas a sala está escura e cheirando a abafado
E queria tanto um afago alheio,
Já que tua voz continuará ressoando no corredor.
Como um cão trancado em casa,
Sento ao lado da porta, impaciente,
Uivo e espero que me destranquem
De mim.
Masturbação na Era Vitoriana
Há 11 anos
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