A Lua Cheia provoca em mim a maré vermelha,
Escamação do ninho não fecundado,
E o sangue nutreico vem misturado ao alívio e à gratidão.
Se a fertilidade da Lua Nova trouxesse por ventura a fecundação,
O sangue não viesse e surgissem os temidos sinais,
Seria eu assombrada pela deformação de minhas formas
E o arredondamento de meus ângulos.
Não que eu fosse permitir ou experienciar essa vivência;
Um gérmen indesejado seria arrancado a doses de pesticida
Ou golpes de ancinho, não importa.
Importa que meu cálice passa pelos ciclos de meu desejo
E que nenhum broto me assombrou até hoje.
Assim, como lobismulher, a cada Lua Cheia purgo
E expulso as velhas escamas inutilizadas.
Masturbação na Era Vitoriana
Há 11 anos
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