"Conheço muito pouco da Cidade Maravilhosa que tanto se fala,
A cidade que lateja sob meus pés
Tem seus tendões esgarçados e é um anúncio de infarto.
Dos odores que sei, a maioria vem de gente, bichos e carros,
Poucos perfumes e cores aquareláveis.
Nesses dias nublados, onde prédios e céu se fundem,
Emerge um ouroboros gigantesco,
Com pedaços seus vomitados por todos os cantos.
Dessa cidade cada vez mais hostil,
Conheço muito de seus feitiços e nada de seus encantos.
Mas, mesmo no Centro mais imundo,
Abandoná-la está fora de cogitação."
Centésimo post, minha gente! Saibam, leitores silenciosos (que até comentam quando posto no facebook, mas no blog que é bom, necas), que eu nunca achei que esse blog fosse durar tanto, principalmente porque eu o sinto quase como uma experiência esquizóide, como se estivesse em um quarto falando com espelhos... De qualquer forma, a poesia, como o Rio de Janeiro, está tão entranhada em mim que abandoná-la também está fora de cogitação.
Masturbação na Era Vitoriana
Há 11 anos
3 comentários:
Acho que a palavra "esplêndido" resume bem minha opinião acerca do seu texto, Maria. Mais uma vez, genial :)
Olá gosto muito dos seus textos,
e eles me fazem entrar em uma viagem muito boa
Gostaria de lhe apresentar meus textos também..
8 Flores
http://vinteumtrintaedois.blogspot.com/
oooiiii to te seguindo !!!!
segue o meu tbm !!???
adorei seu blog
http://angellaanjos.blogspot.com/
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