Meus braços e ventre sentem o formigamento da ausência do corpo que desejo.
A extensa criatividade que possuo produz realidades alternativas ao fato concreto.
Deposito pratos de leite e migalhas de pão na trilha que espero ser seguida
E aguardo... Aguardo sob a chuva morna que encharca meus cabelos.
Chuva que tamborila nos objetos no mesmo ritmo da minha pulsação acelerada.
Trêmula, aguardo... Aguardo o desfecho da armadilha cuidadosamente tramada.
Trêmula, questionando minhas razões e meu papel. Sou caça ou caçadora?
Quem está na liça? O jogo é concreto ou estou delirando sozinha?
Meus braços e ventre formigam, ignorando minhas dúvidas,
Estimulados por meus anseios. E, trêmula, aguardo a chegada dos trovões.
Masturbação na Era Vitoriana
Há 11 anos
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