"Quando pequena,
eu costumava crer
que crianças já tinham
sido estrelas.
E que, um dia,
voltariam a sê-lo.
Mais tarde,
cada conquista terrena
era uma fita que amarrava
os raios delas por aqui.
Eu olho para você e
lhe vejo dar tchau.
“Eu quero ela de volta.”
“Eu não quero que ela vá
[embora.”
A todo instante elas vão
[embora.
Vão embora porque mudam
[e não são mais o que eram.
(Isso é desatar os laços.)
Só quem não muda são os que
[morrem.
E esses
vão embora
[para sempre.
Você está desatando seus laços
Você está dando tchau
Você está voltando a ser estrela
Você está indo embora.
Se suas fitas não fossem
metafóricas,
elas seriam azuis.
Da cor do céu
[e dos seus olhos.
Se suas fitas fossem reais,
eu guardava comigo
só a que mais me representasse você
[suas histórias
e usava ela para prender
[meus cabelos."
Eu escrevi esse poema há alguns anos (talvez já possa dizer "muitos" a essa altura do campeonato), talvez, se o tivesse escrito hoje, seu estilo fosse melhor ou o português mais refinado, vai saber. A questão é que ele foi feito a partir de um sentimento puro e honesto que, no momento, não saberia traduzir tão bem quanto há quatro anos consegui. É isso. Vou ver se acho uma fita azul para usar nos cabelos esses dias. Azul.
Masturbação na Era Vitoriana
Há 11 anos
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