Risadas dos cortesãos
e pegadas na grama.
O “gato-mia” da Corte corre solto
e salto troncos caídos para escapar.
(Finalmente alguma vantagem esta roupa de ninfa me deu.)
Me encosto contra o musgo de uma árvore,
buscando proteção. O cetim arranha minha pele graças à respiração rasa.
-Graças à corrida.
E então surges sabe-se lá de onde. Não me movo,
se é para ser capturada que seja por ti.
Incrível! Mesmo o cetim me incomoda,
mas tu não dá mostras de estar embaraçado no veludo.
Se eu respirava rápido antes, agora o coração falhou uma batida.
Teus abismos! Teus abismos precedem as doces garras cruéis!
Espero o toque que, malicioso, adias.
Fecho os olhos com um suspiro e,
por fim, arrancas nossas máscaras.
Explosão! Agora sim as festas da Corte são divertidas.