Sobre a Conquista da Natureza
Assassinamos nosso passado animal e, em choque, tentamos apagar as pistas e as memórias de nosso crime. Depois, enfeitiçados com a beleza do cadáver, nos pusemos a dissecá-lo nos perguntando quem seria capaz de fazer algo assim.
Horrorizados, alguns percebemos, “fomos nós! fomos nós!”, mas era tarde, todos já mastigavam o banquete feito do corpo de nossos pais.
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Sobre a Vida
Será que aquele que come o doce chorando não o despreza tanto quanto o que o põe numa redoma e o deixa estragar?
Já eu, tento comê-lo de colherzinha, rindo, batendo palmas e lambendo até o fim suas porções.
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Esses dois textos são resultado de uma inspiração que bateu durante a aula de Filosofia. Ambos tem relação (indireta ou não) com discussões que surgiram em sala.
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