Mordeu-lhe.
E, naquele corpo-água fugidio,
parecia abrigar-se todo o sal do mundo.
A pele branco-dourada
da mais fina
áspera e suave areia
penetrava-lhe os poros.
Os olhos eram de um
furta-cor indizível.
(Seriam verdes? Não. Azuis.)
E uma tristeza de oceanos possuía-lhe,
tornando-os em matizes de cinza.
Uma tristeza muda,
inexistente. Persistindo nos ouvidos
no mesmo eterno ruído surdo.
Amar-lhe era para si um banho de mar.
Pois era ela mesma a idílica prosopopéia das águas de sal.
Em seu auto-contimento sôfrego,
mergulhar-lhe era dar-se, apenas.
Por vezes, num gesto de benevolência,
sobrava-lhe somente o terno gosto de sal.
Masturbação na Era Vitoriana
Há 11 anos
Um comentário:
vou te amar pra sempre, minha eterna poetisa
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