Como ondas que colidem entre si no mar bravio,
Minha tristeza atropela outras coisas
No caminho até minha garganta.
Queria uivar um canto antigo,
Que é música apenas nas minhas Fossas Marianas,
Sobre o que é sentir sua falta.
Tento não parecer tão decepcionada
E racionalizar a vida, as dificuldades, a falta.
Eu entendo, juro que entendo,
Não sou tão mesquinha assim.
Mas minhas sereias choram em coro
Invocando uma tempestade que não quero.
Aceitar quem sou, aceitar quem você é
Aceitar o que não somos.
Aceitar e seguir. Ser para além
Desses muros de sonho.
Você sempre me parece real
E a realidade vem em borrifos salgados
Revelar minhas ilusões.
Masturbação na Era Vitoriana
Há 11 anos
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