Sonhei que escrevia um texto, publicava e lia em voz alta. Sonhei que o texto era sobre um moço que entrevejo sob os panos nos quais ele se enrola. Seus panos sopram dúvidas em meus olhos: O moço se esconde por medo para pôr medo?
Não que eu goste de jogos (fiquei escaldada do gato-mia com a Fera), mas mistérios me fascinam e quero ver o rosto sob os panos. No fundo, sei que não deve haver rosto, que os panos são o moço e, para além deles, repousa o vazio.
Mas me iludo e olho os panos enquanto danço. Anseio o entrevisto, tendo plena consciência de que meus calafrios são reflexos da Lua Nova.
Masturbação na Era Vitoriana
Há 11 anos
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