Chamo de carência esta harpia triste que me aparece em tempos
E enfia suas garras sujas em meu seio, deixando cicatrizes e pus.
Por que não gosto de ficar sozinha, em silêncio?
Por que a inércia pensante me tortura, ultimamente?
Canalizo minhas angústias para uma busca por paixão
E, apesar de ter consciência do que faço, faço-o como uma criança.
Boba, meio ingênua e que não conta com as consequências de seus atos.
A sensualidade inerente à minha condição de mulher
É também uma maldição, pois fui criada para sonhar.
Logo, este papel de succubus que aceitei representar
Me torna internamente miserável e, a meus olhos, desprezível.
Tão desprezível quanto toda a dramaticidade latina
Que imprimo em meus atos.
Masturbação na Era Vitoriana
Há 11 anos
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