Sou um marinheiro que segue frustrado em busca de uma terra para morar.
Nenhuma ilha me agrada, nenhuma água é bastante doce.
Busco de volta as incertezas, as tempestades, o balanço do oceano.
Eu queria, queria de verdade criar raízes em uma terra,
Mas sempre ouço o canto das sereias me dizendo que, não importa
Quão bela seja a terra onde estou, mil vezes mais belo é o mar.
Mil vezes mais excitante é o mar.
Contraditoriamente humano, quero a segurança de um porto
Com a excitação de uma tormenta.
Viver em terra não me contenta,
Viver sozinho não me alegra.
Sinto falta dos beijos das sereias e dos elogios dos desconhecidos
Sinto falta das noites estreladas e dos mapas novos
E, por mais linda que eu ache a nossa primavera,
Vem me vindo uma angústia para zarpar.
Masturbação na Era Vitoriana
Há 11 anos
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