Nessa quadrilha furiosa que rege minha vida
Não há pausas para fôlego.
Mesmo com os ritmos se alternando do bolero à polca.
Sem choro, Maria. Sem choro nem vela.
Essa quadrilha é mascarada e me toma de assalto,
Sem tempo para ilusões dentro da ilusão.
E me afoga, me agita e eu sucumbo. Impotente, sucumbo.
Não vejo os rostos de meus pares. Não que faça alguma diferença.
Mas ouço sempre suas vozes
Sussurrando em meus ouvidos doces palavras
“...a melhor dança que tive.”
E jogo minha cabeça para trás e rio.
E finjo –é parte da coreografia– que sou de fato a única
e que são de fato meus únicos também.
Masturbação na Era Vitoriana
Há 11 anos
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